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Gerenciamento de riscos na segurança cibernética é tema de palestra nos 36 anos do Ciasc

O painel  “Segurança Cibernética – Desafios para o setor público catarinense” marcou o aniversário de 36 anos do Centro de Informática e Automação do Estado de SC (Ciasc). “Em nome dos catarinenses, quero cumprimentar as pessoas pela dedicação e trabalho realizado estes anos”, parabeniza o governador Raimundo Colombo. O evento, que aconteceu nesta quinta-feira (11) no Teatro Pedro Ivo, contou também com a presença do secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen.

Para o presidente do Ciasc, João Rufino de Sales, o crescimento do Ciasc acompanha o desenvolvimento tecnológico. “A instituição foi criada para processamento de dados da administração pública estadual e hoje o trabalho abrange setores como suporte, manutenção e consultoria em tecnologia da informação”, explica. O Ciasc oferece ainda infraestrutura de data center, provimento internet, correio eletrônico, tratamento de imagens e web sites públicos, administra ambientes informatizados, entre outras atividades.

O governador Raimundo Colombo considera que o trabalho realizado pelo Ciasc deve ser fortalecido. “Não queremos contratar serviços terceirizados, e sim, investir no corpo técnico que temos, buscando cada vez mais agilidade e eficiência”, relata. Hoje, são mais de 400 colaboradores atuando em todo o Estado.

“As necessidades da empresa são grandes, e da parte da Secretaria daremos todo o apoio e colaboração”, garante o titular da SDS, Paulo Bornhausen. Segundo ele, as atividades do órgão vêm de encontro com as propostas do Governo de investir em tecnologia, lembrando do lançamento do programa Geração TEC, ocorrido na última quarta-feira (10). “O Ciasc deve dar continuidade às transformações, através de inovação e planejamento estratégico”, define.

Segurança Cibernética – O presidente do Ciasc, João Rufino de Sales, abriu os trabalhos falando da vulnerabilidade dos sistemas de informação. “Aproximadamente 148 mil computadores viram zumbis por dia”, alerta. Computadores-zumbis são aqueles que são controlados por um hacker sem o conhecimento do dono. “Você será a ponte entre o hacker e a vítima, ou seja, o endereço que parte da sua máquina será apontado na invasão”, explica Rufino. Segundo ele, nos ataques virtuais na Estônia, em 2007 e na Geórgia, em 2008, não tiveram participação de programadores brasileiros, contudo, computadores-zumbis foram utilizados no país.

Na continuidade dos trabalhos, o advogado e especialista em direito eletrônico e digital, Marcos Gomes da Silva Bruno, deu exemplos de ações positivas e negativas na utilização da internet. “A rede pode ser utilizada para atos criminosos, roubo de senhas, desvios, como também para a prevenção de crimes”, afirma Marcos Bruno. O advogado deu exemplos, como os ataques na Inglaterra, que estão sendo beneficiados pela web. “As forças de segurança utilizam a internet para monitorar as ruas e minimizar o vandalismo”, exemplifica. Outro tópico levantado por Bruno foi a questão do direito autoral. Toda e qualquer obra intelectual que seja criação de espírito de alguém, seja ela veiculada por qualquer meio, inclusive a internet, goza da proteção da lei”, explica.

O advogado alertou para o cyberbullying, que consiste na humilhação de pessoas por meio de postagens na internet, e para o crime mais preocupante: aliciamento de crianças na web. “É importante que os pais educadores fiquem atentos, pois os criminosos atuam principalmente em sites de relacionamento e grupos de discussão”, diz Bruno. As dicas se segurança incluem preservar a intimidade, ter cuidado com novas amizades, em realizar negócios, além de utilizar no computador um programa firewall, um software antivírus, que deve ser atualizado mensalmente.

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