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O serviço de computação em nuvem, ou cloud computing, consiste em um ambiente online para armazenar todo tipo de informação digital, desde simples arquivos, até softwares completos, conteúdos e ferramentas via internet. Entre as principais características, estão a mobilidade, flexibilidade e agilidade no provisionamento de recursos, armazenamento e processamento de grande volume de dados, acesso a tecnologias inovadoras (por exemplo, Big Data, Internet das Coisas e Machine Learning), entre outras.
A segurança também é um dos elementos-chave. Em geral, todos os grandes provedores de nuvem possuem as principais certificações de segurança do mercado. A tecnologia pode representar, ainda, redução de custos, porque os investimentos estão associados ao uso e à rapidez na entrega dos recursos e, com a escalabilidade, é possível redimensionar os recursos em nuvem com poucos clicks de mouse. Os recursos solicitados são alocados em poucos minutos, e todos os serviços podem ser acessados remotamente, pela internet, de qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer dispositivo conectado, não havendo necessidade de downloads ou instalação de programas.
Após um período de expansão e consolidação dos serviços de nuvem, situação que vem acontecendo desde meados da década passada, estamos vivendo um novo momento acelerado de migração para a nuvem. Essa aceleração foi motivada, principalmente, pela pandemia, em que muitas empresas modificaram a sua forma de trabalho e sentiram, ainda mais, a necessidade de avanços imediatos no processo de transformação digital.
O cenário da pandemia de Covid-19 foi um dos fatores responsáveis por impulsionar as empresas a buscar soluções de computação em nuvem, especialmente, em virtude das exigências de distanciamento social e realização de atividades não presenciais. A transformação digital acelerada e o grande volume de dados que temos hoje exigem tecnologias que suportem essas demandas.
E, afinal, o que oferece a computação em nuvem?
Quando falamos em computação em nuvem, estamos nos referindo a um data center que não está fisicamente em nossa empresa. O acesso é feito pela internet a partir de dispositivos diversos.
Basicamente, existem três classificações de nuvem, que se referem a formas diferentes de implementar a infraestrutura e as aplicações da tecnologia. De acordo com as características de cada tipo, as instituições vislumbram qual é o modelo mais apropriado para suas necessidades.
- Pública: suporta múltiplos clientes, a infraestrutura pode ser compartilhada entre várias organizações, oferece recursos virtualizados compartilhados publicamente, possui características como pouca possibilidade de personalização, custo elástico (o cliente paga pelo serviço que usa), alto desempenho, acesso imediato, escalabilidade quase ilimitada.
- Privada: costuma ser mais comum em órgãos governamentais, empresas de grande porte e instituições financeiras. A infraestrutura é projetada para um público restrito, uma empresa e/ou usuários selecionados que sejam vinculados à organização que contratou o serviço de nuvem. No caso do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC), por exemplo, é utilizada uma nuvem privada de governo para atender às necessidades da administração pública do Estado. O formato da nuvem privada permite a customização dos recursos, mais flexibilidade, alta escalabilidade, segurança aprimorada, controle total do cliente, e pode ter custos mais elevados (especialmente, pelo investimento inicial na compra de hardware, licenciamento e serviços dependendo da forma de contratação). Apresenta a garantia de que os dados estarão armazenados dentro do território nacional (questão importante para organizações governamentais).
- Híbrida: tecnologia que mescla o ambiente dos dois tipos de nuvens (pública e privada). Possui características como otimização de recursos, versatilidade de aplicações, alto desempenho, alinhamento de segurança e conformidade, escalabilidade, controle total do cliente.
Algumas empresas utilizam como estratégia dividir dados em nuvens diferentes, justamente, para obter os benefícios e recursos de ambas.
Ainda, existem diferentes modelos baseados na arquitetura de serviços:
- Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service – IaaS): uma máquina virtual, com servidores e infraestrutura, processamento, armazenamento, backup, monitoramento, hospedados na nuvem.
- Plataforma como Serviço (Platform as a Service – PaaS): oferecem um ambiente de desenvolvimento para criar as próprias aplicações, como sites, banco de dados, servidor de aplicações, integração, desenvolvimento e testes.
- Software como Serviço (Software as a Service – SaaS): a solução é hospedada e roda diretamente no servidor de nuvem, é o caso de correio eletrônico, portais, redes sociais, automação de escritório, aplicações de Business Intelligence, gerenciamento de documentos, entre outros.
As soluções em nuvem que o CIASC disponibiliza
Há mais de dez anos, o Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC) entrega serviços de virtualização, e a empresa vem evoluindo para a nuvem, avançando nesse processo pela otimização do hardware para rodar muitos servidores virtuais. A solução de virtualização de servidores da empresa é a base para serviços de nuvem pública, privada e híbrida.
Com o Data Center, oferecemos um ambiente controlado para armazenar e processar os mais importantes sistemas e base de dados governamentais, garantindo alta disponibilidade e segurança 24 horas por dia. Também, fornecemos infraestrutura e profissionais para gerenciar servidores físicos e virtuais, sistemas e banco de dados, e realizamos o suporte, monitoramento, gerenciamento e backup.
A solução CIASC VPS – Servidor Virtual Privado na Nuvem de Governo oferece infraestrutura de nuvem privada de alto desempenho, um serviço de ponta, moderno e seguro, hospedagem que pode ser gerenciada, com mais possibilidades de customização e flexibilidade, suporte técnico e gerenciamento (especializado, principalmente, em instituições de governo).
Além disso, o CIASC tem firmado parcerias integradas com empresas de referência para disponibilizar produtos para a nuvem híbrida e, no final do ano passado, a empresa assinou um protocolo de intenções para lançamento de edital que promete reduzir os custos para uso de computação em nuvem na administração pública. O documento partiu de uma articulação entre doze instituições brasileiras de tecnologia, companhias de processamento de dados governamentais que fazem parte da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP-TIC), que se reuniram para, em conjunto, buscar preços melhores e contratar serviços na nuvem.
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Laércio Bremmer – Coordenador de Ambiente Operacional da Gerência de Data Center (GEDAT) do CIASC
Tabita Strassburger – Jornalista. Doutora em Comunicação e Informação. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), no Programa de Pesquisa e Implantação de Sistema de Inovação do CIASC. Contato: tabita@ciasc.sc.gov.br